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O que é o objeto espacial com possível reentrada na Terra?

  • Tatiane Nunes
  • 1 de mai.
  • 3 min de leitura

Existe um objeto espacial que pode estar relacionado com o Cosmos 482 (identificado com o código NORAD 6073), lançado em 1972 pela então União Soviética, que está sendo monitorado pela área SPACE da Saipher, graças às soluções tecnológicas desenvolvidas pela empresa nos últimos 4 anos (leia mais a seguir). O decaimento orbital e a consequente reentrada deste objeto ocorrerão nos próximos dias e têm atraído a atenção das pessoas, não pelo risco real, e sim pela sua possível relação com o artefato da antiga União Soviética.

Originalmente projetado para transportar uma sonda interplanetária com destino à atmosfera de Vênus, o objeto não teria conseguido escapar da órbita terrestre em função de falhas atribuídas ao seu sistema de propulsão.

Desde então, cinco grandes fragmentos foram associados ao lançamento do Cosmos 482. Há indícios de que um desses objetos esteja atualmente em órbita baixa da Terra e corresponda ao próprio módulo da sonda, cuja robustez estrutural teria sido projetada para suportar condições extremas, como as encontradas na atmosfera venusiana. Segundo outros sites especializados, como o Space.com, a reentrada está estimada para ocorrer entre o final da primeira e o início da segunda semana de maio de 2025, com margem de incerteza de aproximadamente uma semana.

Com base em dados orbitais atualizados até 29/04/2025, a estimativa de reentrada da Saipher é por volta das 20h (UTC) do dia 8 de maio, com margem de erro de ±3,6 dias. De acordo com análises realizadas pela equipe científica da Saipher SPACE, liderada pelos Drs. Wagner Mahler e Jhonathan Murcia, a probabilidade estimada de início da reentrada ocorrer sobre o território brasileiro é inferior a 4,1%. Cerca de 60% das simulações indicam uma possível reentrada em uma região que se estende do Oceano Índico ao norte do Oceano Pacífico.

Caso se confirme que o objeto seja essa sonda, ele apresenta características que

poderiam permitir a sobrevivência de partes durante a reentrada na atmosfera e poderiam atingir a superfície terrestre, mas mesmo neste caso, o risco de impacto com o solo é muito baixo (1 em 10.000). A faixa latitudinal prevista para esse possível impacto abrange regiões entre 52° Norte e 52° Sul — o que inclui território e espaço aéreo brasileiros. Outros objetos comuns, como, por exemplo, satélites, não possuem a mesma resistência estrutural às condições adversas da reentrada que este tipo de sonda; logo se desintegrariam totalmente na atmosfera, sem nenhuma parte impactando o solo ou o mar.

O caso do Cosmos 482 permite comparações técnicas com artefatos em órbita de resistência similar, como o motor YF-20, usado em lançadores Longa Marcha da China. Ambos possuem alta resistência mecânica e térmica. Ainda que a atitude (orientação espacial) do objeto em reentrada não seja conhecida, sempre que se considera uma configuração aerodinamicamente estável como hipótese verdadeira, aumentam as chances de sobrevivência parcial da estrutura até o solo.

A Saipher SPACE acompanha o evento por meio da plataforma HORUS SUITE, uma solução nacional para monitoramento de objetos orbitais e gerenciamento de missões e centros de controle. Seu módulo HORUS REENTRY realiza previsões de decaimento orbital e estima a janela de entrada do objeto. Em conjunto com o HORUS COSMOS, que emprega sensores ópticos e radares para rastreamento ativo, é possível refinar as estimativas de trajetória — inclusive quanto à natureza do objeto, caso dados adicionais sejam confirmados.


A Saipher seguirá acompanhando o comportamento orbital do possível Cosmos 482 nas próximas atualizações. E você? Tem interesse em temas relacionados ao espaço? Como avalia os possíveis riscos associados à reentrada de objetos com alta robustez estrutural?


Vamos conversar. #SaipherSPACE

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