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NORAD 6073 pode reentrar entre os dias 9 e 10 de maio

  • Wagner Marques
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

Dados atualizados determinam que o objeto com NORAD 6073 tem alta probabilidade de começar a reentrada entre a madrugada do dia 9 e a noite do dia 10 de maio. Atualmente, o ponto mais próximo da órbita (perigeu) encontra-se localizado no hemisfério norte, o que incrementa a possibilidade de reentrar nessa região do planeta. Ainda que a probabilidade de iniciar a reentrada acima do território brasileiro sejam menores do que 2,7%.


Simulações de reentrada envolvendo uma esfera com o mesmo tamanho e massa atribuídos ao objeto com NORAD 6073, conforme indicado pelos sites da NASA e ESA atualizados algumas horas atrás, sugerem que, caso o artefato sobreviva à reentrada, levaria aproximadamente uma hora desde o ponto de entrada na atmosfera até o impacto com a superfície da Terra (ponto de impacto). O objeto entraria na atmosfera com velocidades hipersônicas e seria gradualmente desacelerado pela resistência do ar, atingindo velocidade subsônica por volta dos 20 km de altitude. Ao alcançar o solo, sua velocidade estaria em torno de 60 m/s, o que corresponde à energia de um ônibus viajando a mais de 100 km/h.

Devido ao intenso atrito com a atmosfera, a passagem de um objeto com essas características seria facilmente visível entre 20 e 60 km de altitude, podendo, inclusive, gerar ruídos comparáveis aos motores de um caça. Caso sejam encontrados destroços do artefato, recomenda-se acionar as autoridades competentes e manter distância do local, uma vez que o material transportado é desconhecido e pode ser altamente poluente, representando risco à saúde.


Vale destacar que tanto o decaimento orbital quanto a reentrada do objeto não são controlados, o que significa que não é possível direcionar com precisão o local de queda. Nos últimos anos, o número de reentradas de artefatos espaciais tem aumentado significativamente, impulsionado pelo crescimento das missões espaciais e pela expansão do uso comercial do espaço. Espera-se, inclusive, que os alertas de reentradas aumentem nos próximos anos. Nesse contexto, a Saipher se posiciona de forma estratégica, oferecendo soluções para o monitoramento e o acompanhamento desses objetos em fase de reentrada. Até o momento, não existem sistemas destinados a proteger diretamente a população em caso de queda desse tipo de artefato, apenas mecanismos de monitoramento e previsão.


Vale ressaltar que, para reduzir as incertezas nas previsões de futuras reentradas, é essencial dispor de uma rede de sensores capaz de ampliar a quantidade de dados observacionais e possibilitar o rastreamento contínuo do objeto. Atualmente, apenas alguns portais especializados disponibilizam dados limitados, muitas vezes com horas de atraso, o que dificulta a emissão de informações com antecedência e, consequentemente, compromete a tomada de decisões. Também é importante destacar que, até o momento, nenhum país ou empresa assumiu responsabilidade pelo artefato, tampouco foram divulgados dados oficiais que comprovem ou confirmem o estado atual do objeto, junto com mais detalhes técnicos, o qual ajudaria melhorar as previsões.

Por Wagner Mahler

Jhonathan Murcia

*Mais informações em:




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