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TATIC A-CDM

O sistema TATIC A-CDM, juntamente com seus módulos ACISP (Airport CDM Information Sharing Platform) e PDS (Pre Departure Sequence), possibilita a interação entre os seguintes parceiros: Operação de Rede (Network Operations – NO), Torre de Controle (Air Traffic Control – ATC), Operadores de Aeronave (Aircraft Operator – AO), empresas que prestam serviços auxiliares para o transporte aéreo (Ground Handling – GH) e Centros de Controle Operacionais Aeroportuários (Airport Operations – AOC). Por meio de uma plataforma, eles compartilham informações com o objetivo de melhorar a eficiência operacional, a previsibilidade e a pontualidade das operações em um aeroporto.

Sítio

Em utilização no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o conceito se baseia no documento Airport CDM Implementation Manual, elaborado pelo European Organisation for the Safety of Air Navigation (Eurocontrol).

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BENEFÍCIOS

  • Aumento da consciência situacional dos parceiros (AO, ATC, GH, AOC e NO).

  • Melhora do planejamento da partida; com isso, as companhias terão uma visão mais clara da chegada dos voos.

  • Otimização da utilização dos recursos de solo.

  • Aumento substancial da previsibilidade de partida dos voos, o que facilita o trabalho do órgão ATC e ATFM (Air Traffic Flow Management). Sem o A-CDM, a torre de controle é “reativa” à chamada inicial da aeronave; com a implementação do conceito, existe um compromisso de que o AO deverá chamar no horário-alvo proposto para calços fora e acionamento.

  • Base de dados ampla, formada por múltiplas linhas de informação (dezenas de milhares), que possibilita estimar tempos de táxi mais eficientes de cada posição para cada cabeceira em uso. Com isso, obtêm-se melhores TSATs e saídas mais precisas.

  • Redução expressiva no tempo médio de táxi no aeroporto com a operação planejada por parte dos parceiros A-CDM e com a maturidade do uso do conceito. Consequentemente, haverá menos gasto com combustíveis e uma menor emissão de gases poluentes e ruídos no entorno do aeroporto. Estudos do Eurocontrol demonstram que a diminuição do tempo médio de táxi em um único minuto gera, ao longo de anos, uma economia de milhões de dólares para os parceiros envolvidos, bem como a redução de toneladas de emissão de gases poluentes na atmosfera.

  • Maior conforto ao passageiro, pelo aumento da previsibilidade e pontualidade das operações.

Mais planejamento, menos incerteza

Com a implantação do conceito A-CDM (Airport Collaborative Decision Making), o EOBT (Estimated of Block Time) passa a ter um papel de menor destaque no processo, e o TOBT (Target Off Block Time) passa a ter mais ênfase entre os parceiros. As informações se tornam mais táticas e registram o momento atual. Então, os parceiros NO, ATC, AO, GH e AOC têm acesso aos dados e enxergam as mesmas informações, de ângulos diferentes e de maneira mais organizada, em uma interface flexível e amigável. Assim que o TOBT é inserido na plataforma ACISP e validado por um conjunto de regras específicas, ocorre uma consulta ao módulo integrado PDS para que um TSAT (Target Start up Approval Time) seja emitido. O TSAT é o horário-alvo da aprovação do acionamento da aeronave. Trata-se de uma previsão de aprovação fornecida antecipadamente pelo órgão de controle ATC para que a aeronave possa iniciar a partida. Tanto o TOBT quanto o TSAT são compromissos firmados entre o AO (aeronave) e o ATC (órgão de controle), com o objetivo de melhorar a pontualidade e a previsibilidade das operações.

 

A previsibilidade e a pontualidade

O TOBT é inserido na plataforma ACISP pelos AOs. Trinta minutos antes do horário inserido, a plataforma apresenta aos usuários o TSAT referente ao TOBT informado. O TSAT apresentado é baseado em um slot de decolagem disponível, de acordo com a capacidade de decolagens do sistema de pistas do aeroporto naquele momento.

A partir da emissão do TSAT, ocorre um “compromisso” entre a aeronave (voo) e o órgão de controle. A aeronave deverá estar pronta para acionamento no horário do TOBT informado e validado, e o órgão de controle deverá autorizar o acionamento dos motores de acordo com o TSAT fornecido.

É fato que nem sempre as coisas ocorrem como o esperado e, por isso, há tolerâncias previstas no sistema para o cumprimento desse compromisso. Essas tolerâncias, com a maturidade alcançada pelos parceiros, tenderão a ser menores com o passar do tempo, gerando cada vez mais previsibilidade às operações e, consequentemente, maior pontualidade.

Esse cenário de previsibilidade e pontualidade fica claro aos parceiros envolvidos no A-CDM, contribuindo para um aumento da consciência situacional e operacional.

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A HMI (Human Machine Interface) da plataforma

A plataforma ACISP organiza e apresenta as informações de forma clara aos usuários por meio de abas específicas. A informação referente à chegada dos voos (Arrivals) fica separada da que se refere à partida (Departures). Em cada uma dessas abas, o usuário pode acompanhar os detalhes de cada voo verificando uma coletânea de informações pontuais sobre cada um deles. Na aba relacionada à chegada dos voos, é possível acompanhar número do voo, horário estimado de pouso e de chegada à posição de estacionamento, local do estacionamento, entre outros. Na aba referente à partida dos voos, além das informações básicas, é possível acompanhar o tempo de turnaround, o TOBT, TSAT, horário de início de embarque, horário real do acionamento, horário real do push-back (quando for o caso), horário estimado (Target Take Off Time – TTOT) e real (Actual Take Off Time – ATOT) de decolagem, entre outras informações. A medição dos resultados com relação ao processo é feita por meio de indicadores de desempenho e pode ser acompanhada em aba específica – KPI (leia mais a seguir). Além da visão geral, cada voo possui uma coletânea de dados adicionais que amplia o acesso às informações. Ela está disposta nas seguintes miniabas:

 

  • Timeline: lista o histórico cronológico de alteração dos dados de um voo, desde o momento em que o plano é lançado na plataforma até a hora em que o voo decola.

  • Alerts: apresenta um sistema de alerta robusto e configurável responsável por informar o descumprimento de regras que possa comprometer a saída do voo, como o não atendimento à validação do TOBT ou a ausência de um plano de voo.

  • Chat: permite a troca de informação sobre determinado voo entre os parceiros (AO, ATC, GH, AOC e NO).

  • MLS: registra os Milestones A-CDM, ou seja, marcos dos movimentos das aeronaves desde a inserção do plano de voo até a decolagem, o que permite à companhia elevar sua eficiência a partir da análise dos dados.

  • Stats: apresenta uma estatística dinâmica sobre a performance A-CDM de determinado voo.

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Integração do PDS

O PDS trabalha de forma automática, semiautomática ou manual. Um dos pontos fortes do PDS em utilização no Aeroporto Internacional de São Paulo é que ele se integra às informações do sistema de strips eletrônicas e às informações meteorológicas do local. Fazendo uso de uma série de dados mensuráveis, é possível sugerir uma capacidade de fluxo de partida padrão do sistema de pistas do aeroporto. Isso pode ser ajustado tanto de forma automática como de forma manual pelo Supervisor do órgão ATC. O ajuste da capacidade do fluxo de decolagens é de extrema importância para a geração dos TSATs dos voos.


O aplicativo para dispositivos móveis

O AO e o GH têm acesso ao aplicativo desenvolvido para visualizar, por meio de um tablet ou celular, as principais informações da plataforma ACISP, como TOBT e TSAT. Dessa forma, caso não tenha suporte de um GH associado ou pertença à aviação geral, o piloto poderá interagir com a plataforma de maneira muito prática, dentro do conforto da sua cabine, conseguindo editar seu TOBT ou horário de início de embarque, por exemplo.

Os indicadores (KPIs)

Os dados compartilhados entre os parceiros/usuários da plataforma serão a base para a geração dos indicadores de desempenho ou KPIs (Key Performance Indicator). Esses indicadores proporcionarão aos parceiros diversas visões (globais ou específicas) sobre os fundamentos de eficiência operacional, previsibilidade e performance. Com o uso de KPIs, será possível:

  • Descobrir possíveis gargalos existentes durante as operações de chegada, turnaround e partida dos voos.

  • Verificar a performance individual de cada AO comparada com a dos demais (benchmarking).

  • Verificar a qualidade dos dados das fontes fornecedoras de informação ao ACISP.


Com os KPIs, os parceiros poderão visualizar, por exemplo:

  • O índice OTP (On Time Performance) dos voos de chegada e partida.

  • O atraso ou adiantamento no cumprimento de marcos importantes, como TOBT, TSAT, TTOT.

  • Os tempos de resposta dos AOs, AOC e ATC a processos específicos.

  • A qualidade do horário estimado de pouso fornecido pela fonte PCICEA (Plataforma de Compartilhamento de Informações Correntes do Espaço Aéreo).

  • A qualidade do EXIT (Estimated Taxi In Time) / EXOT (Estimated Taxi Out Time) dos voos calculados pelo PDS.

  • A diferença entre o horário estimado de decolagem e a decolagem real dos voos.

  • O tempo de solo real dos voos em turnround.

 

Independentemente do número de movimento de cada companhia, o processo é o mesmo para todas. Por isso, a partir dos resultados presentes nos KPIs, os gestores poderão ajustar, com o tempo, as regras do ACISP/PDS para a obtenção dos melhores resultados.

Principais características da plataforma

  • Regras customizáveis.

  • Inserção manual de um voo em caso de falhas no envio por parte das fontes de dados.

  • Cancelamento de voos na plataforma dentro do conceito A-CDM.]

  • Inserção de TOBTs pelo AO ou GH conforme perfil do usuário.

  • Ampliação da consciência situacional do ATC com relação ao acionamento das aeronaves, por meio da apresentação do TOBT nas strips eletrônicas.

  • Apresentação dos ETOTs (Estimated Take Off Time) ou TTOTs com antecipação de até 3h da saída do voo, de acordo com o plano de voo recebido ou com o TOBT inserido pelo usuário.

     

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